10/02/2022 às 17h45min - Atualizada em 10/02/2022 às 17h45min

Reviravolta, especialista afirma que Trutis sofreu atentado e delegado atuou para prejudicá-lo

MS Notícias
Em 16 de fevereiro de 2021, o Deputado Federal Loester Trutis foi emboscado e, segundo relato do parlamentar, recebeu ao menos cinco tiros. No momento do crime, o carro seguia para Sidrolândia, sul de Campo Grande. Logo após o atentado, iniciaram-se as investigações.

No dia 18 de junho desse mesmo ano, a Polícia Federal em Mato Grosso do Sul concluiu e divulgou em diversos meios de comunicação que, segundo concluiu as investigações, o atentado contra o deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) não ocorreu.



Após novos acontecimentos, as investigações devem tomar novo rumo a partir de agora. Isso porque, um especialista, consultor da própria Polícia Federal e de outras instituições, e que atuou em diversas operações contra o crime organizado, decidiu depor a favor do parlamentar, afirmando categoricamente que Trutis sofreu o atentado e que o delegado responsável pelo caso atuou para prejudica-lo. O especialista rebate ponto a ponto do que foi afirmado pela Polícia Federal.
 
Primeiro ponto: É previsto em lei que o veículo, tal como todas as demais provas, conforme previsto no Código Penal, devem ser preservados até o trânsito em julgado. Entretanto, o delegado Glauber Fonseca de Carvalho Araújo restituiu o veículo à locadora e em menos de cem dias, o carro foi restituído, reformado e vendido, o que impossibilita uma vistoria técnica necessária, precisa e que confirmaria o que foi dito no depoimento do parlamentar, da chance de sobrevivência estando dentro do veículo.
 


Segundo ponto: Dentro do mesmo carro, em que se encontrava o GPS, que deu o nome a operação – Operação Tracker – esse GPS foi formatado pela própria policia no momento em que foi vendido, logo, além de não preservar o veículo, não preservou o GPS, por fim, é mais uma prova foi “mexida”. É nítido o abuso de autoridade e fraude processual. O delegado teria o dever de preservar as provas e os indícios até o transito em julgado, conforme já foi dito. Mais um vez intensificasse a teoria de que há um cerceamento de defesa do parlamentar, e prova, novamente, que o intuito do delegado não é esclarecer nada, mas assassinar a reputação do parlamentar, de acordo com o especialista.

Terceiro ponto: ‘a farsa da busca incessante pela L200’. O delegado Glauber Fonseca de Carvalho Araújo afirma que fez buscas para tentar localizar o veiculo, no entanto, todas as buscas foram feitas no site oficial do Detran. Ou seja, o delegado parte da premissa que uma pessoa que quer cometer um assassinato fará uso de um carro legalmente registrado no próprio nome, placa original, desconsiderando o modus operandi do crime organizado. No qual, utiliza ‘placa fria’ e carro adulterado. O carro facilmente é encontrado em Campo Grande, porém o delegado afirmou no inquérito policial que após buscas exaustivas, carro nenhum foi encontrado.
 
Quarto ponto: ‘a ausência de frenagem’. O veículo utilizado pelo parlamentar no momento do atentado era um Corolla, que tem um sistema de freios anti travamento, conhecido como ABS – Anti lock Braking System. Ele atua por meio de uma bomba e de sensores que medem o tempo todo o movimento das rodas. Por meio de uma central eletrônica, ele consegue determinar se uma das rodas ficou completamente parada e liberar o freio respectivo. Dessa forma, muito embora tenha sido uma frenagem brusca, por conta do ABS, não arrastaria os pneus, logo não deixa marcas na pista.
 
Quinto ponto: Por fim, o próprio inquérito consta que na variação do GPS, o veiculo estava 240 metros de onde foi indicado inicialmente, por apenas 40 segundos, dessa maneira é tecnicamente impossível ir da BR ate o ponto onde alegam que as vitimas estavam, efetuar os disparos, entrar no próprio carro, recolher as cápsulas e retornar. Claramente, deveria ter sido realizado uma muito mais detalhada do GPS pela segunda vez, que não foi possível, pois o próprio agente publico não preservou, e formatou o GPS. Mais um indício de má fé do delegado.
 
Nesta semana o parlamentar foi intimado para apresentar defesa e, ao ser procurado pela equipe do MS1Notícias, afirma que esta feliz pela oportunidade de apresentar sua defesa e respondeu a nossa equipe por meio de nota.
 
Nota Oficial do Deputado Trutis
 
“Confio no poder da verdade. Sou vítima de um refinado conluio de autoridades locais, que induziram o PGR e a ministra a erro. Testemunhas essenciais não foram ouvidas, e provas foram destruídas ou manipuladas, como por exemplo o GPS do carro que eu ocupava, que foi formatado pela locadora. Ou mesmo o veículo alvejado, que não foi preservado pela polícia técnica, tendo sido devolvido à locadora, reformado e vendido. Em ambos os casos me foi cerceada qualquer possibilidade de proceder perícia complementar e independente. Tudo isso foi feito com a autorização da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, um verdadeiro absurdo jurídico.
 
Desde o primeiro dia, meu mandato se pautou no combate ao crime organizado e no fortalecimento das Instituições de Segurança Pública que combatem quadrilhas que assolam o Estado do Mato Grosso do Sul há mais de 30 anos.
 
Por fim, espero ansiosamente que as provas possam ser analisadas fora do MS, e os atos ilícitos dessa investigação – que nunca teve o intuito de apontar o autor da tentativa de assassinato que sofri, e sim tenta promover um assassinato de reputação e da minha vida política – sejam finalmente demonstrados.“

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