28/05/2022 às 07h47min - Atualizada em 28/05/2022 às 08h00min

Justiça adia júri popular de caminhoneiro acusado de matar seis pessoas em acidente na BR-277 para julho de 2022

Data foi modificada após o advogado que defendia o réu renunciar; acidente entre três caminhões e cinco carros aconteceu em 2017, na Serra de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova.

G1 MS
https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/05/28/justica-adia-juri-popular-de-caminhoneiro-acusado-de-matar-seis-pessoas-em-acidente-na-br-277-para-julho-de-2022.ghtml

Data foi modificada após o advogado que defendia o réu renunciar; acidente entre três caminhões e cinco carros aconteceu em 2017, na Serra de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova. Caminhoneiro que causou acidente na BR-277 será julgado
O júri popular do motorista Jeferson Borsato, acusado de causar um acidente que matou seis pessoas na BR-277, foi adiado pela Justiça e deve ocorrer no dia 26 de julho. Anteriormente, o julgamento estava previsto para junho.
Borsato é réu por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Na decisão, proferida na sexta-feira (27), a juiza Vivian Curvacho de Andrade, da Vara Plenária do Tribunal do Júri de Campo Largo, decidiu pela alteração da data após o advogado de defesa do motorista renunciar ao caso.
O acidente foi registrado no dia 25 de maio de 2017, em um trecho de obras, na Serra de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba.
O caminhão dirigido por Borsato estava carregado de milho e não conseguiu frear. Foram três caminhões e cinco carros envolvidos no acidente. Entre as seis pessoas que morreram, havia uma criança de seis anos e uma adolescente de 13 anos.
Acidente com seis mortes aconteceu em maio de 2017
Divulgação/PRF
A juíza também marcou para o dia 14 de junho de 2022, às 12h30, o sorteio dos jurados.
Em outubro de 2020, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou que o motorista fosse a júri popular. Os desembargadores que participaram da sessão decidiram, por unanimidade, que o motorista do caminhão assumiu o risco de matar.
Motorista nega que estava em alta velocidade
Processo
Em maio de 2020, o juiz Ernani Mendes Silva Filho, da Vara Criminal do Foro Regional de Campo Largo, também na Região de Curitiba, decidiu que o caminhoneiro cometeu crime culposo, sem intenção de matar.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) e os advogados das famílias das vítimas recorreram da decisão.
Em outubro de 2020, a decisão do juiz de Campo Largo foi modificada pelos desembargadores. Na sessão, o advogado que representa as famílias sustentou que Jeferson Borsato assumiu os riscos de provocar o acidente.
Segundo os advogados, os laudos assinados pelos peritos do caso comprovam que, pelo histórico do tacógrafo, o motorista tinha o hábito de dirigir acima da velocidade permitida.
Conforme os defensores, o trecho em que o acidente aconteceu estava bem sinalizado.
À época, a defesa das famílias destacou que a perícia encontrou problemas na manutenção dos freios do caminhão. Quando foi interrogado, Borsato sustentou que fez a revisão 30 dias antes do acidente.
Os desembargadores concordaram com a tese do MP-PR e dos advogados das famílias. Segundo a decisão, as provas apontam que o caminhoneiro assumiu o risco de provocar as mortes.
Jeferson Borsato é réu por homicídio qualificado por motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas
Reprodução/RPC
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Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/05/28/justica-adia-juri-popular-de-caminhoneiro-acusado-de-matar-seis-pessoas-em-acidente-na-br-277-para-julho-de-2022.ghtml
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