07/03/2023 às 18h47min - Atualizada em 09/03/2023 às 00h00min
Jogadores da Escócia se reúnem para mostrar apoio a Vinícius Júnior, do Real Madrid
Atletas da Scottish Unity League mostraram solidariedade contra série de ataques racistas sofridos pelo atacante brasileiro
SALA DA NOTÍCIA Rafael Bullara
(Foto: Divulgação) A Scottish Unity Football League (SUFL), nasceu no ano 2000 na cidade de Glasgow, na Escócia, para desafiar o racismo e unir as pessoas. Nesta semana os jogadores se reuniram mostrar solidariedade ao atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid e Seleção Brasileira, que enfrenta uma longa lista de abusos racistas nos gramados da Espanha.
Os jogadores da SUFL se reuniram para mostrar seu apoio a Vinicius Jr. no Holm Park, em Clydebank, perto de Glasgow, na Escócia.
"Os jogadores da SUFL se sensibilizaram muito e querem mostrar solidariedade ao Vinícius Júnior. O abuso contínuo que este jovem tem, e continua, a enfrentar é escandaloso. A SUFL foi fundada para reunir pessoas de diferentes origens para jogar futebol em um ambiente livre de racismo e preconceito”, explica Raphael Brown, presidente da entidade.
"Somos todos irmãos e irmãs de Vini Jr. Queremos que ele saiba que tem o nosso apoio e de milhões de outras pessoas em todo o mundo. Lamentavelmente, muitos de nossos jogadores também sofreram racismo e preconceito tanto em outras ligas de futebol quanto na sociedade em geral, portanto, eles sabem por experiência pessoal como é enfrentar a ignorância agressiva”, completa Raphael.
O vereador local, Abdul Bostani, que também é o diretor-gerente da equipe da Liga da Unidade Escocesa Glasgow Afghan United e ex-presidente da SUFL, também falou sobre os casos sofridos pelo atacante:
"A liga foi formada, como o título sugere, para promover a unidade. E, ao fazer isso, desafiar o racismo e o preconceito. Temos algumas regras especiais que as autoridades espanholas do futebol poderiam adotar”.
"A SUFL tem uma regra desde seu primeiro dia, se um jogador é expulso por uma ofensa racista, ele é imediatamente suspenso por um período mínimo de tês meses e não será autorizado a voltar à liga, a menos que escreva para o jogador ou jogadores que ele abusou, peça desculpas e expresse arrependimento por seu comportamento. Mesmo assim, o jogador pode não ser autorizado a voltar à liga, dependendo da gravidade de suas ações”, diz o árbitro Jim McNeil, que apita na liga há 23 anos.
Vinícius Júnior, de 22 anos, ouviu cânticos racistas de torcedores espanhóis quando o Real Madrid atuou fora de casa e até um boneco com a camisa dele foi colocado em ponte na cidade de Madri, perto do centro de treinamento da equipe.