17/03/2023 às 23h17min - Atualizada em 20/03/2023 às 08h00min

Mais de um bilhão de jovens correm risco de perder a audição devido a sons altos, segundo a OMS

Especialista alerta para prevenção de problemas auditivos

SALA DA NOTÍCIA Igor Torres
Divulgação

Com elevados ruídos sonoros em que a população está exposta atualmente, é preciso ficar em alerta quanto à saúde auditiva. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 430 milhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência auditiva. Dados também mostram que mais de um bilhão de pessoas com idade entre 12 e 35 anos correm o risco de perder a audição devido à exposição prolongada e excessiva a música alta e outros sons recreativos.

A fonoaudióloga e especialista em audição Ariane Gonçalves, da clínica AudioFisa, ressalta a importância dos cuidados preventivos. Entre elas, não introduzir objetos no ouvido. Outro alerta é sobre gripes e otites. “As infecções mal curadas podem ocasionar a perda auditiva”, explica a especialista e autora do livro “Descomplicando a Perda Auditiva”.

Ela ainda faz um alerta em relação à exposição excessiva a ruídos, como músicas muito altas. Além disso, de acordo com Ariane, nos últimos anos houve um aumento expressivo da quantidade de jovens com perda auditiva. “Este é um reflexo do uso irregular de fones de ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”, alerta a fonoaudióloga da clínica AudioFisa. 

Ariane ainda ressalta: “Em casos de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão e dor é muito importante consultar um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar sua audição e vale ressaltar, também, a importância de realizar uma avaliação audiológica pelo menos uma vez ao ano, por prevenção.” 

A especialista recomenda alguns cuidados para prevenir a perda auditiva:

  • Evitar sons acima de 100 decibéis;
  • Fazer check-ups auditivos regulares
  • Não introduzir nada no ouvido 
  • Tratar todas as infecções corretamentes 

Deficiência auditiva

Ariane afirma que, atualmente, a tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a deficiência auditiva. “Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a demência”, explica. 

A fonoaudióloga ressalta, ainda, que os avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada vez mais a saúde dos usuários “Ter um aparelho auditivo não é questão de luxo, trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem melhor e consigam manter suas interações sociais”, afirma.


 
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