16/09/2022 às 07h42min - Atualizada em 16/09/2022 às 08h00min

Líder da China pede nova ordem mundial, se diz aberto a dialogar mas defende aliança entre Pequim e Moscou contra Ocidente

Em discurso em encontro de organização de cooperação regional no Uzbequistão, Xi Jinping defendeu que países se unam para prevenir a criação de revoltas populares instigadas por nações ocidentais. Na quinta-feira (15), Vladimir Putin anunciou fortalecimento de parcerias com governo chinês.

G1 MS
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Em discurso em encontro de organização de cooperação regional no Uzbequistão, Xi Jinping defendeu que países se unam para prevenir a criação de revoltas populares instigadas por nações ocidentais. Na quinta-feira (15), Vladimir Putin anunciou fortalecimento de parcerias com governo chinês. O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta sexta-feira (16) uma aliança com Rússia, Índia e países da Ásia Central para prevenir o surgimentos de revoltas populares locais instigadas pelo Ocidente. Mas também se disse aberto à "cooperar com o mundo inteiro".
"Estamos abertos à cooperação com o mundo inteiro", disse o presidente russo. "Nossa política não é egoísta. Esperamos que os outros (países) parem de recorrer aos instrumentos do protecionismo, às sanções ilegais e ao egoísmo econômico", acrescentou em uma referência clara aos países ocidentais.
Falando em uma cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) - grupo de segurança liderado pela China e pela Rússia e composto também por Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão e Tadjiquistão -, Xi ressalvou que os países da aliança devem salvaguardar seus próprios interesses de segurança e desenvolvimento.
O líder chinês anunciou ainda que a China treinará 2.000 policiais dos países membros do grupo nos próximos cinco anos e estabelecerá uma base de treinamento com foco no trabalho antiterrorismo.
Na cúpula, que acontece no Uzbequistão, Xi pediu ainda uma mudança da ordem internacional para uma direção "mais justa e racional". Ele defendeu que os países integrantes devem abandonar "a política de blocos" e apoiar o sistema internacional "com a ONU no centro".
Ele não fez menções à Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro deste ano.
A China, anunciou Xi, fornecerá ainda cerca de US$ 214 milhões (cerca de R$ 1,2 milhão) em grãos e outras ajudas de emergência aos países em desenvolvimento. Ele afirmou que a economia chinesa é resiliente e "cheia de potencial".
A economia do país asiático escapou por pouco de uma contração no trimestre de abril a junho, prejudicada pelos bloqueios das cidades por conta da pandemia de Covid-19, uma desaceleração profunda no mercado imobiliário e gastos do consumidor persistentemente fracos.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/16/lider-da-china-pede-nova-ordem-mundial-se-diz-aberto-a-dialogar-mas-defende-alianca-entre-pequim-e-moscou-contra-ocidente.ghtml
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