Trabalhadores reivindicam maior reajuste salarial. Sindicato afirma que movimento afeta parcialmente unidades escolares e de saúde, com aulas e consultas remanejadas. Greve dos servidores de Mogi Mirim começou em 29 de março
Reprodução/EPTV
A greve dos servidores públicos de Mogi Mirim (SP) completa uma semana nesta terça-feira (5). Também nesta terça, durante a tarde, está programada uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), em Campinas (SP), entre a prefeitura e o sindicato que representa a categoria em busca de um acordo.
A paralisação, em maioria de servidores das áreas de educação e saúde, ocorre porque os trabalhadores estão descontentes com a proposta de reajuste salarial oferecida pela prefeitura e afeta parte dos serviços municipais - entenda abaixo.
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A audiência desta terça, marcada para as 13h30, é a segunda entre as partes com mediação do TRT e também servirá para uma análise do órgão quanto à legalidade do movimento. Na quinta (5), o primeiro encontro terminou sem acordo.
A prefeitura manteve o reajuste oferecido inicialmente e a diminuição dos descontos da cesta básica, mas reavaliou o valor de R$ 300 reais do vale-alimentação - o novo valor não foi informado. De acordo com a administração municipal, o sindicato e os servidores iriam avaliar a proposta.
Ainda na ocasião, segundo a prefeitura, o juiz fez uma recomendação para que todo órgão público municipal tenha 30% do total de servidores para atender a população. Ao g1 nesta segunda-feira (5), o Sindicato dos Servidores Públicos de Mogi Mirim (Sinsep) disse que uma liminar o permite assegurar o percentual apenas na área da saúde.
Além disso, ficou definido que, caso haja um acordo entre a prefeitura e os servidores, os dias parados serão abonados.
Adesão e serviços afetados
O sindicato explicou que, para cumprir os 30% do total de efetivo nos serviços de saúde, alguns servidores retornaram aos postos, mas que, ao todo, ainda são cerca de 800 que estão paralisados. O número representa 30% do total de 2,6 mil servidores públicos de Mogi Mirim.
Com o cumprimento da recomendação judicial, o Sinsep disse que nenhum serviço público está completamente paralisado.
No entanto, destacou que unidades de saúde precisaram remarcar consultas e escolares tiveram de remanejar aulas por causa do funcionamento com apenas parte dos trabalhadores nesses locais.
O g1 questionou nesta segunda o sindicato e a prefeitura sobre a quantidade de unidades afetadas, mas não obteve retorno.
Na semana passada, a entidade que representa os trabalhadores chegou a afirmar que o Centro de Especialidades Médicas (CEM) ficou totalmente parado, e a UBS do bairro Santo Clara registrou prejuízo no atendimento ambulatorial, coleta de sangue e vacinação infantil.
Já segundo a administração municipal, também na última semana, 20 unidades escolares e algumas UBSs - a administração não especificou a quantidade - funcionavam parcialmente. Além disso, informou que as aulas de piano estavam totalmente paralisadas.
O que os servidores pedem?
O sindicato ofereceu uma proposta de 11% de aumento. Já a prefeitura propôs 2% de aumento, além do cartão alimentação no valor de R$ 300 e diminuição dos descontos da cesta básica.
No entanto, uma reunião apenas entre as duas partes no primeiro dia de greve terminou sem acordo. O sindicato disse que, enquanto a proposta de reajuste não aumentar, a greve vai continuar.
A Secretaria de Governo reforçou que os trabalhadores que ganham salários menores já tiveram reajustes de até 15% no salário, enquanto os que já ganhavam mais, ficaram com aumentos de menor expressão.
Greve de servidores de Mogi Mirim afeta serviços de saúde e educação
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Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2022/04/05/greve-dos-servidores-publicos-de-mogi-mirim-completa-uma-semana-audiencia-no-trt-busca-acordo-nesta-terca.ghtml
